FONTE DE SAÚDE

 

 

 

 

 

 

 

     

 

        

 

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 FLORABRASIL                       

Lista de plantas medicinais: 

 

Abacateiro: diurética, cálculos renais, fígado, rins, bexiga.

Abutua/Cóculos: Cálculos renais, cólicas uterinas, fígado.

Agoniada: Inflamações de útero, ovários e menstruações difíceis.

Alcaçuz: Bronquite, tosse, laringite, rouquidão.

Alcachofra: Diminui o colesterol, digestivo, hepático.

Alecrim: estimulante, circulatório, tônico capilar e inalação.

Alecrim do Campo: Tônico, vias respiratórias e banhos relaxantes.

Alfafa: Baixa o colesterol, osteoporose, raquitismo, relaxante.

Alfavaca: Rins, prisão de ventre, aftas, bronquite, gripes fortes.

Alfazema: Calmante, asma, gases, rinite, analgésica nas dores.

Algodoeiro: Hemorragia uterina, regras profusas, reumatismo.

Ameixa folhas: Prisão de ventre, laxativo médico, azia.

Amor do Campo: Afecções das vias urinárias e rins, prostatite.

Angélica: Cólicas, gases, digestiva, nevralgias, enxaquecas.

Angico: Diarréia, desenteria, gripes. Uso externo: Lavagens e gargarejos.

Aniz Estrelado: Relaxante, insônia, gases (infantil e adulto).

Aperta Ruão: Mau hálito, fígado, diarréia, hemorragias.

Aquileia-Mil Folhas: Analgésica, febrifuga, bactericida, menopausa.

Arnica: Anti-inflamatória, reumatismo, artrite, artrose, dores.

Arueira: Diurética, ciática. Uso externo: Contusões, icterícia.

Arruda: Amenorréia. Uso externo: Varizes, flebites, abcessos, erisipela.

Artemisia: Nevralgia, cólica menstrual, vermes, circulatória.

Assa Peixe: Expectorante, tosse, resfriados, diurético, cicatrizante.

Avenca:Afecções catarrais, bronquite, tosse, laringite.

Bálsamo: Incontinência urinária, expectorante. Uso externo: Afecções da pele.

Ban Chá: Desintoxicante, digestivo, colesterol e emagrecedor.

Barbatimão: Gastrite, úlceras. Uso externo: Cicatrizante, lavagem íntima.

Bardana: Desintoxicante, depurativo, cicatrizante, colesterol.

Batata de Purga: Laxativo energético, depurativo.

Betula: Gota, colesterol, triglicérides, ácido úrico, dores.

Boldo do Chile: Hepatoprotetor, fígado, pâncreas, vesícula.

Buchinha do Norte: Uso externo para inalação contra a sinusite.

Bugre/Porangaba: Ácido úrico, gota, depurativo, emagrecedor.

Cabreúva: Diabetes, reumatismo, coluna, gota, contusões.

Cactus: Cardiotônico, contra palpitações, síndromes cardíacas.

Cajueiro: Diabetes, colesterol, triglicérides, depurativo.

Calendula Flor: Cicatrizante, calos, verrugas, frieiras, manchas.

Cambará: Expectorante, balsâmico, tosse e gripes.

Cambuí: Anti-hemorrágico, é usado nas vias respiratórias.

Camomila: Estomacal, nas cólicas das crianças e enxaqueca.

Cana do Brejo: Diurético, anti-inflamatório, cistite, próstata.

Canela: Estimulante, gripes, resfriados, febres.

Capim Cidrão - Erva Cidreira: Trata insônia, agonia, palpitações.

Capim Rosário: Depurativo das vias urinárias.

Carapiá: Afrodisíaco, irregularidades do fluxo menstrual.

Cardo Santo: Febrífugo, coqueluche, asma, bronquite, estomacal.

Carqueja Doce: Hepatoprotetora, digestiva, diurética, emagrecedora.

Carqueja Amarga: Depurativa, emagrecedora, colesterol, diabetes.

Carrapicho: Dores lombares, males da bexiga, rins.

Carobinha: Deputativa, anti-alérgica, disenteria, prostatite.

Cordão de Frade: Febre reumática, dores musculares, e circulação.

Carvalho Casca: depurativo, cicatrizante, Interno e Externo.

Cascara Sagrada: Laxativo, emagrecedora, trata a bílis e baço.

Casca d'anta-abóbora: Trata a anemia, fraqueza digestiva, vômitos.

Casca de Impurana: Balsâmica das vias respiratórias, colites.

Casca de Laranja: Relaxante, digestiva, aromática.

Castanha da Índia: Má circulação, flebite, hemorróidas e varizes.

Catinga de Mulata: Artrite, artrose, gota. Uso Externo: Psoríase, piolhos.

Catingueira: Depurativo, afrodisíaco. Uso Externo: Eczema, impingem, erisipela.

Catuaba: Energético, falta de memória, afrodisíaco.

Cavalinha: Diurético, ácido úrico, circulação, hipertensão, rins.

Cedro: Febres altas, desenterias, fraqueza orgânica. Uso externo: Dores musculares.

Centaurea - Fel da Terra: Inapetência, estômago, febre alta, hepatite.

Centella Asiática: Celulite, gordura localizada, circulatória, caimbras.

Chá Preto: Estimulante, digestivo, tônico.

Chapéu de Couro: Depurativo, colesterol, diabetes, gota, ácido úrico.

Chapéu de Napoleão - Aguai: Semente energética, uso externo comprovado.

Cinco Plantas: Espécies diuréticas.

Cipreste/Tuia: Disenteria, corrimento. Uso Externo: Feridas, úlceras, verrugas, calos.

Cipó Azougue: Depurativo, eczemas, feridas, furúnculos, herpes.

Cipó Cabeludo: Cistite, nefrite, uretrite, não elimina a albumina.

Cipó Caboclo: Orquite, hemorróidas, flebites, erisipela.

Cipó Cravo: Estomacal, gastrite, azia, gases.

Cipó Cruz Cainca: Reumatismo, diabetes, ácido úrico, inchaço.

Cipó Cruzeiro: Reumatismo, artrose, artrite, coluna, tendenite.

Cipó Prata: Areias e cálculos de rins e bexiga, dores.

Cipó Suma: Depurativo, furúnculos, acne, eczema, afecções mucosas.

Coentro Grão: Digestivo, gases intestinais, colite.

Composto Emagrecedor: Combinação de onze espécies medicinais, atuando como desintoxicante, depurativa, diurética, laxante brando.

Composto Energético: Combinação de espécies tônicas e estimulantes.

Coro-Onha - Olho de Boi: Uso Externo: Sementes energéticas para hipertensão.

Curcuma: Fígado, vias urinárias, icterícia, bronquite.

Damiana: Incontinência urinária, impotência, tônico e estimulante.

Dente de Leão: Depurativo, desintoxicante, laxante brando.

Douradinha: Diurética, depurativo, afecções cutâneas, ácido úrico.

Endro Dill: Cólicas, calmante leve, aumenta o leite materno.

Erva Baleira: Reumatismo, artrite, artrose, dores musculares.

Erva de Bicho: Tratamento de hemorróidas e úlceras, varizes, uso interno/externo.

Erva Doce: Gases intestinais, cólicas, estimulante.

Erva Passarinho: Moléstias pulmonares. Uso Externo: Eczemas, sarna.

Erva Santa Maria: Vermífuga, parasitas intestinais, laxativo.

Erva São João - Mentrasto: Anti-depressivo, males da menopausa, dores musculares, colites e cólica menstrual.

Erva Tostão - Pega Pinto: Afecções urinárias, fígado e baço.

Espinhera Santa: Gastrite, úlcera, calmante das paredes estomacais.

Estigma de Milho: Hidratante dos rins e cólica renal.

Eucalipto: Desinfetante das vias respiratórias e balsâmico.

Fava de Santo Inácio - Gengiroba: Icterícia, hepatite, purgante.

Flor de São João: Vitiligo.

Fedegoso: Laxante, depurativo. Uso Externo: Afecções da pele.

Feno Grego: Diabetes, digestivo, laxante brando.

Fucus Vesiculosus: Disfunções da tireóide, vesícula, obesidade.

Funcho: Gases, digestivo e relaxante.

Garra do Diabo: Reumatismo sangüíneo, esporão, gota, desintoxicante.

Genciana: Fraqueza orgânica, anemia, tônico estimulante de apetite.

Gervão: Tônico estomacal, fígado, pâncreas, depurativo.

Gengibre: Asma, bronquite, rouquidão, colesterol.

Gingko Biloba: Atua nos radicais livres. Oxigenação cerebral.

Goiabeira: Combate a diarréia e afecções da garganta.

Graviola: Diabetes, colesterol, emagrecimento.

Guaco: Expectorante, tosse, bronquite e resfriados.

Guaraná: Estimulante físico e mental.

Guassatonga: Gastrite, úlcera, depurativo, cicatrizante, herpes.

Hamamelis: Favorece a circulação, varizes, trombose, hemorróidas.

Hibiscus - Rosella: Anti-febril, digestivo, relaxante, obesidade.

Hipérico: Anti-depressivo.

Hortelã: Espasmos, náuseas, azia, relaxante, dispepsia nervosa.

Imburama Sementes: Tônico, gastrite, tosse, expectorante, asma.

Ipecacuanha: Desenteria, catarros do pulmão, bexiga, garganta.

Ipê Roxo/Pau d'arco: Arterioesclerose, fortifica o sangue, úlceras.

Jambolão: Eficaz no tratamento do diabetes.

Japecanga: Depurativo, diurético, sífilis, reumatismo.

Jasmim Folhas: Digestivo, alcoolismo, cardiotônico, circulatório.

Jasmim Flor: Relaxante, digestivo, insônia.

Jatobá: Balsâmico, bronquite, laringite, orquite.

Jarrinha: Nevralgias, dores musculares e artríticas, estimulante.

Jequitibá: Uso externo: gargarejos, aftas, anjina, amigdalites.

João da Costa: calores da menopausa, trata o útero e ovários.

Juá: saponáceo natural, anti-caspa uso externo.

Jurema preta: uso externo: feridas, cancros, úlceras, erisipelas.

Jurubeba: hepatoprotetor, vesícula, pâncreas, baço, intestinos.

Kumell: Diurético, cólicas, estomacal.

Levante: Febres, congestão nasal, expectorante.

Limão Bravo: Friagem, tosse, bronquite, resfriados.

Linhaça: Laxante brando, gases intestinais.

Lobelia: Desinfetante das vias respiratórias, tabagismo.

Losna: Falta de apetite, diabetes, fígado, pâncreas, bílis, mau hálito.

Lotus: Emoliente catarral, anti-tossígeno, rinite, laringite.

Louro: Amenorréia, nevralgia, cólicas estomacais e menstruais.

Lúpulo: Calamte, insônia crônica.

Maçã: Digestivo, relaxante, debilidade estomacal.

Macela: Anti-diarréica, fígado, pâncreas, colite, vesícula.

Malva Branca: Gengivite, garganta, abcessos e desinfetantes.

Mamica de Cadela: Dores de dente e ouvido. Uso interno e externo vitiligo.

Manjericão: Anti-inflamatório, garganta, tosse, digestivo.

Maracujá: Calmante, sedativo leve, insônia, alcoolismo.

Marapuama: Tônico nervino, afrodisíaco, impotência sexual.

Mate: Tônico cerebral, estimulante, digestivo, diurético.

Melão de São Caetano: Regulariza o fluxo menstrual. Uso externo: piolhos.

Melissa - erva cidreira: Cardiotônica, calmante, gastrite crônica.

Mentruz/Mastruço: Fortalecedor pulmonar, gastrite, cicatrizante.

Menta: Digestivo, espasmos, cálculos biliares.

Milomens: Afecções das vias urinárias, prostatite, diurético.

Mulungu: Sedativo, insônia crônica, alcoolismo, asma.

Mutamba: Afecções do couro cabeludo e queda de cabelo. Uso externo.

Noz de Cola: Debilidade física, mental e sexual, estimulante.

Nogueira: Trata útero, bexiga, inflamação dos ovários.

Noz Moscada: Estomacal, cólicas, arrotos, soluços, hipertensão.

Nó de Cachorro: Estimulante geral e afrodisíaco.

Oliveira: Regula os intestinos e pressão arterial.

Pacová: Vermífugo, trata gastralgia e estômago.

Plama Cristi: Emoliente do intestino, auxilia no emagrecimento.

Panacéia: Depurativo, afecções de pele, sífilis, diurético.

Para Tudo: Reconstituinte digestivo, evacuações sanguinolentas.

Parietaria: Cálculos renais e retenção urinária.

Pariparoba: Fígado, vesícula, baço, gastralgia e azia.

Parreira Brava: Males do fígado e digestão, reumatismo e cólicas.

Pau Ferro: Diabetes, diminuindo o volume da urina e sede.

Pau Pereira: Digestão difícil, estomacal, prisão de ventre.

Pau Tenente - Quassia: Hepaprotetos, oxiúridos, diabetes.

Pata de Vaca: Diabetes, depurativa, diurética.

Pedra Ume Caá - Insulina Vegetal: eficaz no diabetes.

Peroba: Trata a epilepsia, histeria, asma, coqueluche.

Pfafia Panic-Ging Seng: Energético, colesterol, diabetes.

Picão: Icterícia, hepatite, boca amarga, alergias. Uso interno e externos.

Pimenta de Macaco: Digestiva, afrodisíaco.

Pitanga: Febre, ácido úrico, diabetes, colesterol.

Pixuri: Usado nas paralisias e derrames. Uso externo picada de inseto.

Poejo: Expecetorante, gripes, resfriados, tosse crônica e asma.

Pulmonária: Trata pneumonia, tuberculose, enfizema pulmonar.

Pulsatila: Corrige o fluxo menstrual, cólicas.

Quebra Pedra: Cálculos renais, dores lombares, próstata, cistite.

Quina Quina: Tônico amargo, hepaprotetor, anti-diabético. Uso externo: queda de cabelo.

Quixaba: Cistos de ovário, inflamações no útero, corimento.

Romã Casca: Afecções da laringe, faringe, cicatrizante.

Rosa Branca: Inflamações uterinas, rins. Uso Externo: Banhos.

Rosa Rubra: Uso Externo: Trata mucosas, olhos, úlceras.

Rubi: Ácido úrico, reumatismo, anti-hemorrágico.

Ruibarbo: Vermífugo, laxativo, adstringente. sacacaSabugueiro Flor: Febre, resfriados, catapora, sarampo, escarlatina.

Sálvia: Tônico mental, digestivo eficaz, males da menopausa.

Salsaparrilha: Altamente depurativo, colesterol, ácido úrico, acne.

Samambaia: Dores reumáticas, artrite, gripes fortes.

Sapé: Retenção urinária, fígado. Uso Externo: Dentição de neném.

Sassafraz: Depurativo, dores artríticas, inchações.

Sene Folhas - Folículos: Laxativo, regulador intestinal, obesidade.

Sete Sangrias: Depurativo, hipotensor, colesterol.

Stevia: Trezentas vezes mais doce que o açúcar, para diabéticos.

Sucupira Sementes: Reumatismo agudo, osteoporose, laringe.

Tanchagem: Gargarejos, gengivites, purifica o sangue.

Tayuia - Cabeça de Negro: Psioriase, erisipela, interno/externo.

Tília: Anti-depressivo, espasmódico, calmante.

Tomilho: Tônico estomacal, desinfetante das vias respiratórias.

Umbauba: Diabetes, bronquite e tosse.

Unha de Gato: Depurativa, febres altas, reumatismo, tumores, convalescência.

Unha de Vaca: Diurética, diabetes, depurativa.

Urtiga: Menstruação irregular. Uso Externo: Irritações e corrimentos.

Urucum: Anemia, cardiotônica, colesterol. Uso Externo: Bronzeador natural.

Uva Ursi-Ursina: Areias de rins, e bexiga, ácido úrico, próstata.

Valeriana: Calmante, insônia crônica, stress, labirintite.

Velame do Campo: Escrofulose, ganglios, eczemas, depurativa.

Verbasco: Bronquite, catarros crônicos, artrite, e hemorróidas.

Verbena: Hepatoprotetora, enxaqueca, digestiva, relaxante.

Zedoaria: Gastralgias, estomatites, úlceras, mau hálito.

Zimbro: Anti-Séptico das vias urinárias, cálculos renais, febres.

 

AS PLANTAS MEDICINAIS

 

        O Senhor produziu da terra os medicamentos; o homem sensato não os desprezará, aconselha o Eclesiástico, 39, 4; no entanto, muito antes desta alusão no texto sagrado à fitoterapia, ou medicação pelas plantas, já fora criado, divulgado e transmitido, entre as mais antigas civilizações conhecidas, o hábito de recorrer às virtudes curativas de certos vegetais; pode afirmar-se que se trata de uma das primeiras manifestações do antiquíssimo esforço do homem para compreender e utilizar a Natureza como réplica a uma das suas mais antigas preocupações; a que é originada pela doença e pelo sofrimento.

         É admirável que todas as civilizações, em todos os Continentes, tenham desenvolvido, a par da domesticação e da cultura das plantas para fins alimentares, a pesquisa das suas virtudes terapêuticas. Mas é talvez ainda mais admirável que este conjunto de conhecimentos tenha subsistido durante milênios, aprofundando-se e diversificando-se, sem nunca, porém, cair totalmente no esquecimento.

         A utilização das propriedades do ópio obtido da dormideira, 4 mil anos antes de se conhecer o processo de extração da morfina, é, sob esse ponto de vista, bem significativa da perenidade destes conhecimentos, que durante muito tempo permaneceram empíricos, e que, desde há alguns séculos, o processo das ciências modernas tornou mais rigorosos.

         Mesmo atualmente, apesar do espetacular desenvolvimento da quimioterapia, a fitoterapia continua a ser muito utilizada, readquirindo até um certo crédito desde que foram divulgadas as conseqüências, por vezes nefastas, do abuso dos compostos químicos.

         Para se ter uma visão de conjunto do progresso dos conhecimentos humanos referentes às plantas medicinais, devem distinguir-se 3 grandes períodos. Durante as Antigüidades Egípcias, Grega e Romana acumulam-se numerosos conhecimentos empíricos que serão transmitidos, especialmente por intermédio dos árabes, aos herdeiros europeus dessas civilizações desaparecidas.

         Finalmente .no final do século XVIII, o progresso muito rápido das ciências modernas veio enriquecer e diversificar em proporções extraordinárias os conhecimentos sobre as plantas, os quais atualmente se apoiam em ciências tão variadas como a Paleontologia, a Geografia, a Citologia, a Genética, a Histologia, e a Bioquímica.

         Também podemos observar o conhecimento progressivamente adquirido das regras de dosagens específicas para cada droga; esta prática ampliou-se ao fabrico e à administração de todos os remédios e pode-se afirmar que nasceu assim a receita médica e a respectiva posologia.

 

         Estes conhecimentos médicos iniciados no antigo Egito, divulgaram-se nomeadamente na Mesopotâmia. Em 1924, o doutor Reginald Campbell Thompson, do Museu Britânico, conseguiu identificar 250 vegetais, mineiras e substâncias diversas cujas virtudes terapêuticas, os médicos Babilônios haviam utilizado, especialmente a beladona, administrada contra os espasmos, a tosse e a asma; os pergaminhos da Mesopotâmia mencionam o cânhamo indiano, ao qual se reconhecem propriedades analgésica que se receita para bronquite reumatismo e insônia.

         O longo período que se seguiu no Ocidente, a queda do Império Romano, designado universalmente por Idade Média, não foi exatamente uma época caracterizada por rápidos progressos científicos. Os domínios da ciência, da magia e da feitiçaria, tendem freqüentemente a confundir-se; drogas como meimendro-negro, a beladona e a mandrágora, serão consideradas como plantas de origem diabólica.

         Assim Joana d Arc será acusada de atormentar os ingleses pela força e virtude mágica de uma raiz de mandrágora escondida sob a couraça. Contudo não é  possível acreditar que na Idade Média se perderam completamente os conhecimento adquiridos durante os milênios precedentes.

         O desenvolvimento das rotas marítimas coloca efetivamente a Europa no centro do mundo, os produtos dos países longínquos abundam e entre eles as plantas até aí desconhecidas, com virtudes por vezes surpreendentes os conquistadores suportaram eles próprios a experiência das propriedades mortais do curare; a casca de quina é utilizada para baixar a temperatura nas febres palúdicas muito antes de se ter conhecimento de como dela se extrair a quinina; a América dá ainda a conhecer as virtudes anestésicas e estimulantes da folha de coca. No encalce dos descobridores prosseguem os exploradores, missionários como o padre Plumier, botânicos como Tournefort, que, em 1792, regressa do Oriente com 1356 plantas então desconhecidas na Europa.

         Finalmente, os esforços de classificação culminam em 1735 com a publicação do SYSTEMA NATURAE, de Lineu. O grande naturalista sueco adota como princípio de distinação e classificação a distribuição dos órgãos sexuais nas flores e as características dos órgãos masculinos, os estames. Para ele, os dois grandes ramos em que se divide o reino vegetal são o das Criptogânicas, em que os estames e o pistilo são invisíveis a olho nu, e o das

Fanerogâmicas, em que estes são visíveis. Dentro destas últimas, por sua vez, estabelecem-se 23 classes, segundo critérios morfológicos. Depois de Lineu, os trabalhos dos irmãos Jussieu, Josseph, Antoine e Bernard, bem como os de seu sobrinho, Antoine Laurent de Jucieu, desenvolveram ulteriormente a botânica descritiva e contribuiram para o aperfeiçoamento da classificação sistemática, sem terem esgotado todas as suas possibilidades.

 

         Se fizer uma retrospectiva do caminho percorrido desde as primeiras receitas conhecidas da época da sexta dinastia Egípcia, verificar-se-á que foi uma longa caminhada; contudo, comprovar-se-á que ela sempre se desenvolveu na mesma direção, sem mudanças radicais. O catálogo das plantas medicinais enriqueceu-se, a descrição das características dos simples e a indicação de suas utilizações foram aprofundadas, a classificação das suas espécies foi feita com base científica.

         A medicina pelas plantas: um longo percurso que não está ainda próximo do fim...

 

                                             

 

 

 

            

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